20 de abr. de 2009

Haja Obama

obam[1] O Presidente Obama e a Primeira Dama Michele formam o atual casal simpatia do planeta: conquistam amabilidades por onde passam, exceto, é claro, as manifestações contra os EUA, que ainda estão entre os 05 primeiros países que mais despertam animosidade.

Todavia, começam a reclamar algumas editorias estadunidenses, o Presidente não tem trazido objetivos práticos para a Casa Branca nas suas andanças pelo mundo.

O Washington Post, por exemplo, observou que o apoio da OTAN à política de Obama para o Afeganistão é uma quimera: os aliados europeus não entraram com tropas.

Sem tropas européias os EUA, na atual conjuntura, dificilmente conseguirão impor uma derrota decisiva à Al-Qaeda e, com a sensível recuperação dos talibãs, mantém-se o risco do pessoal do Bin Laden ter acesso ao arsenal atômico paquistanês.

Talvez, analisam alguns articulistas norte-americanos, o apoio que Obama precisa venha de onde ele menos espera: a Turquia, o país cujo povo se mostrou o mais antiamericano na mais recente pesquisa da Casa Branca.

E a Turquia é fundamental para um avanço do EUA na sua estratégia de manter a sua política de controle no Médio Oriente, pois tem posição estratégica e geopolítica fundamentais: controla o estreito dos Dardanelos, passagem do mar Negro ao Mediterrâneo, faz divisa com o Irã, o Iraque e a Síria, além de manter ótimas relações com Israel, apesar de ser uma nação muçulmana, mas com Estado laico.

Foi atrás deste bem embalado pacote que o Presidente Obama decolou há um mês para Istambul, que já sediou, com o nome de Constantinopla, o Império Romano.

Além de esperar contar com a boa relação que o Presidente turco tem com o Irã, o Presidente Obama, não esquecendo que a Turquia negou autorização aos EUA para que este usasse o seu território como trampolim para a invasão do Iraque, deseja ter esta autorização quando precisar sair de lá, o que torna a empreitada bem menos cara.

É um fato que Obama precisa começar a buscar resultados práticos para o seu governo, antes que o seu poder de sedução se esvazie no cotidiano do Salão Oval.

As recentes medidas, pondo fim a algumas restrições a Cuba, foram suficientes apenas para tornar cordial a presença norte-americana na Cúpula das Américas.

A volta de um embaixador venezuelano a Washington por conta disto, não é um tento que possa ser merecedor de maiores menções: Obama precisa de mais ousadia.

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